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Multidimensional Study of the Attitudes Towards Euthanasia of Older Adults with Mixed Anxiety-Depressive Disorder

Full work available on:  https://drive.google.com/file/d/1KZaDYOU0qBb3z9j-1LLyoG8is6LYMwEp/view?usp=sharing   Introduction: Euthanasia is an ancient theme that, especially since individual autonomy became the healthcare paradigm in contemporary societies, has sparked profound reflections and declared dissensions between different socio-ideological quadrants. The experience of the countries where it is decriminalised shows a tendency to broaden the clinical, age and legal assumptions for its access. People in mental distress due to a psychiatric illness are now able to request physician-assisted death in some jurisdictions. Now, given the impossibility of identifying an incurable or irreversible injury through ancillary diagnostic tests and the fact that psychiatric disorders demand complex and holistic treatments (not always available), where psycho, social and familial approaches assume particular and decisive relevance, it is difficult to determine that a disease is incurabl...

Particularidades da Doença Psiquiátrica do Idoso

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  O Inverno Demográfico , uma hipótese apresentada por Gérard François Dumont para caracterizar o fenómeno do envelhecimento populacional em muitos dos países do mundo, incluindo Portugal, baseia-se na diminuição progressiva da taxa de fecundidade e na manutenção de uma taxa de mortalidade baixa. Morre-se, pois, cada vez mais tarde e o número de nascimentos   tem sido progressivamente menor. As projeções da estrutura populacional evidenciam uma tendência ao envelhecimento demográfico em todos os estados-membros da União Europeia. Em Portugal, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística e dos últimos Censos, entre 2011 e 2021 verificou-se uma diminuição da população em todos os grupos etários, com exceção da população idosa, onde ocorreu um crescimento de 20,6%. Prevê-se que o número de idosos seja cada vez maior e na categoria da idade superior aos 80 anos o crescimento será particularmente acentuado. Em 2018, esta faixa etária representava 6,3% da população port...

Herói? Nunca fui, não sou e não quero ser.

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No artigo de opinião intitulado “A Profissão Médica” , publicado no Observador a 12 de março de 2021, já sublinhei que um Médico exerce uma profissão legalmente regulada, com deveres e direitos. Contudo, em face da degradação contínua a que venho assistindo desde há anos da profissão médica, sinto-me compelido a abordar de novo o assunto No cartão da Ordem dos Médicos lê-se a seguinte citação: "A saúde do meu doente será a minha primeira preocupação". Não, lamento. A minha saúde é a minha primeira preocupação. São estas afirmações que enraízam na opinião pública a ideia da Medicina como um sacerdócio e não como uma profissão . Ao alimentarmos (nós, médicos) esta romantização completamente despropositada, colocamo-nos à mercê da demagogia e do ataque aos nossos direitos laborais. É surreal e degradante uma classe profissional, por exemplo, aceitar ser obrigada a horas extraordinárias ou ter aceitado passivamente que os médicos ficassem impedidos de sair do SNS durante a pa...

Premissas básicas para um País evoluído, dinâmico, influente e resiliente

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Reformar a Saúde Mental

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      Em primeiro lugar, parabenizo o  Observador  por, dentro das suas competências e possibilidades, colocar o tema da Saúde Mental na “praça pública”. Espero que se possam desconstruir tabus, desmistificar preconceitos, combater o estigma, eliminar a desinformação e sublinhar a importância do tema para a sociedade. De facto, apesar do seu enorme impacto clínico, sociofamiliar e económico, as perturbações mentais não têm ocupado o lugar de relevo que merecem, e que se exige, nos centros de decisão. Apesar de vários planos e ideias redigidas, a verdade é que pouco tem saído do papel ou o que sai tem, em geral, sido efetivado de forma soluçante e muito insidiosa.    Pessoalmente, e tomando como exemplo as reformas de saúde mental e a sua operacionalização nos países mais evoluídos (como os escandinavos), considero que há linhas de atuação verdadeiramente essenciais, sem as quais pouco, ou nada, se alterará de significado. O inverno demográfico e a evol...

Nova Pós-Graduação em Psiquiatria Geriátrica

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https://justnews.pt/noticias/nova-posgraducao-em-psiquiatria-geriatrica-para-medicos-de-varias-especialidades O Instituto Universitário de Saúde do Norte da CESPU  vai dar início, no final de março, à sua primeira Pós-Gradução em Psiquiatria Geriátrica, que decorrerá em formato de e-learning. De acordo com o psiquiatra Luís Fonseca, um dos coordenadores científicos do curso, "dentro da classe médica, todos poderão beneficiar com a formação". Contudo, a formação terá uma especial relevância para os médicos internos e especialistas de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna e Psiquiatria , "por força das suas competências e do contacto frequente com a sintomatologia psiquiátrica". Em declarações à  Just News , o docente, que é também o coordenador da formação pré e pós-graduada do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães, salienta a pertinência deste novo curso, face ao envelhecimento da população mundial e, muito especial...

Portugal, eternamente vulnerável

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   Em artigo anterior , já sublinhei que ser médico é uma profissão com direitos e deveres, pelo que quem escolhe sê-lo tem, obviamente, legítimas aspirações de ser bem remunerado. Um médico lida com uma necessidade básica consagrada nos direitos humanos elementares, a saúde, assim como outras profissões lidam com outras (um professor com a educação ou um engenheiro com a habitação). Porém, no caso dos médicos, sociedades iletradas, mesquinhas e desdenhosas tendem, geralmente, a vilipendiá-los por terem rendimentos acima da média! Nos países verdadeiramente evoluídos aceita-se tranquilamente que estes profissionais sejam devidamente remunerados e que as horas extraordinárias, desde a primeira hora (em qualquer profissão, aliás), sejam devidamente pagas para compensar o profissional que abdica da sua vida pessoal para trabalhar. Na pandemia, numa situação de aperto, os médicos, e os profissionais de saúde em geral, foram apelidados demagogicamente de heróis. Passada a aflição, ...